terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A conexão céltico-hebréia

A conexão céltico-hebréia

No século XVIII A.C, o Império Assírio estava em seu auge, e seu exército ameaçava as nações na coste leste do Mediterrâneo, incluindo Israel. Os assírios eram um povo brutal, o mais terrível talvez, em toda a história do mundo. Terras conquistadas eram literalmente saqueadas em tudo de valor, mesmo em pessoas, que eram levadas como escravas. Os murais assírios, alguns dos quais enfeitam hoje o Museu Britânico em Londres, ilustram cenas de horrível selvajeria e tortura. Homens eram às vezes esfolados vivos, ou empalados em estacas para morrerem lentamente fora dos portões da cidade

O famoso arqueologista, Sir Austen Henry Layard, redescobriu e desenterrou cidades assírias antigas, e descreveu graficamente as cenas dos murais que ele encontrou: "Prisioneiros... eram deitados completamente nus sobre o chão, e enquanto seus membros eram arrancados por estacas e cordas, eles eram esfolados vivos. Abaixo (no mural) estavam outras vítimas desafortunadas sob punições abomináveis. O cérebro de um foi aparentemente posto para fora com uma clava de ferro, enquanto um oficial o segurava pela barba. Um torturador estava torcendo a língua até arrancá-la da boca de um segundo coitado, que estava preso ao solo. As cabeças sangrantes da chacina foram amarradas em torno do pescoço dos vivos que pareciam reservados para mais torturas bárbaras" (Discoveries In The Ruins of Assyria And Babylon p. 456)

Habitantes da Palestina naqueles dias, estavam bem cientes de que Assíria iria muito em breve conduzir uma guerra brutal similar contra a costa leste do Mediterrâneo. Não iria um grande número de israelitas migrarem para o oeste, pelo mar, a fim de encontrar segurança para eles mesmos e suas famílias fora da esfera de influência assíria ?

Evidências históricas indicam que isto de fato ocorreu. O oficial "Dictionary of Christ & The Gospels" relata: "Grande número de israelitas foram levados prisioneiros pelos assírios e babilônios... mas uma dispersão muito maior foi devido à emigração voluntária" (Vol. 1, p.692).
Sim, mais israelitas emigraram voluntariamente da Palestina, mesmo do que o grande número daqueles levados como prisioneiros de assírios e babilônios. Conforme tornou-se claro que a invasão e conquista assíria era iminente, hebreus e fenícios emigraram rumo ao oeste para terras distantes em centenas de milhares

Estes fatos históricos são conhecidos há séculos, e uma pletora de livros de historiadores renomados tem documentado a origem fenícia da civilização ocidental. Historiadores têm dado aos fenícios a maior parte do crédito pela emigração da Palestina para Europa, embora os hebreus fossem mais numerosos, e lhes foi divinamente prometido grande aumento numérico. Talvez a resposta para a confusão é que a língua fenícia é um dialeto hebreu. Mas como veremos, uma grande quantidade dos "fenícios" (dialeto) falados em por colonos europeus antigos, podem ser revelados como hebreus. O famoso historiador, George Rawlinson, afirmou que " Os tirianos (fenícios) concederam aos israelitas uma participação no comércio que eles mantinham há muito tempo com as nações ocidentais. Duas frotas mercantes foram formadas (I Reis 9:27; 10:22), para as quais cada uma das duas nações contribuíram com homens e navios." (Phoenicia pp. 101 - 102). Destas colônias comerciais cresceram e se desenvolveram cidades européias antigas.

Elo linguístico
No século XVIII, historiadores descobriram laços celta-fenícios. Um dramaturgo romano antigo,Titus Maccius Plautus (falecido em 184 B.C.) escreveu uma peça, a "Penulus" na qual ele pôs um fenício da época na fala de um de seus personagens. Os linguistas notaram a grande similaridade entre o fenício e a língua céltica irlandesa antiga. A seguir, uma amostra dada pelo historiador Thomas Moore (History of Ireland), mostrando a conexão entre os idiomas. Acadêmicos de destaque dos séculos XVIII e XIX, como Gen. Charles Vallancey, Lord Rosse, and Sir William Betham, também escreveram sobre o tema. Vallancey, por exemplo, fala "A grande afinidade encontrada em muitas palavras, além de linhas e sentenças inteiras deste discurso, entre o púnico (fenício) e o irlandês." O famoso historiador, George Rawlinson, afirmou que isto e outras inscrições são "alegremente explicáveis, se o hebreu for tomado como a chave para elas, porém não de outra maneira" (Phoenicia, p. 327)

A similaridade entre o irlandês céltico antigo e a língua fenício-hebréia do século II A.C são mostradas pelo PENULUS de Plautus:

Fenício de Plautus:


Byth lym mo thym nociothii nel ech an ti daisc machon

Ys i do iebrim thyfe lyth chy lya chon temlyph ula.

Irlandês celta:

Beth liom' mo thime nociaithe, niel ach an ti dairie mae coinne

Is i de leabhraim tafach leith, chi lis con teampluibh ulla.

Em 1772, General Charles Vallancey, um acadêmico irlandês de renome na época, publicou seu famoso trabalho "Ensaio sobre a antiguidade da língua irlandesa, sendo uma comparação do irlandês com o púnico (hebreu)." Em suas anotações iniciais, ele alega "Numa comparação do irlandês com dialetos celtas, púnico e hebreu, a maior afinidade (além da perfeita identidade em muitas palavras) irá aparecer; portanto pode-se supor uma combinação púnico-celta. Vallancey continua: "do hebreu proveio o fenício, do fenício, cartaginês, ou púnico, derivou o Aeoliano, dório, etrusco e destes o latim... Das letras maiúsculas romanas saxãs, o irlandês não usa mais de três, todas as demais portam grande semelhança ao primitivo fenício e hebreu". Linguistas modernos tem confirmado que há uma conexão definitiva entre o celta e o hebreu.

OBS: Aqui, o texto comete o erro de atribuir origem hebréia ao alfabeto rúnico latino

Elo religioso
Desde que seja verdade que hebreus e fenícios migraram para Europa em grande número nos tempos antigos, deve haver laços religiosos e culturais, e de fato, tais conexões abundam. "History of Ireland" do Dr Thornas Moore (p. 40), relata:
"O mais comum de todos os monumentos celtas, o Cromlech, pode ser encontrado não só na maior parte da Europa, mas também na Ásia, incluindo Palestina. Não menos antigo e geral entre as nações celtas, era o círculo de pedras verticais, com um altar ou pilar alto no centro... A pedra áspera, bruta... usada em seus templos circulares pelos druídas, era na verdade, a ortodoxa observância do divino comando deixado por Noé, "se tu fores criar-me um altar de pedras, tu não deves contruí-lo de pedras talhadas"(Ex. 20:25).
Dr Beauford, em "Druidism Revived" diz: "É notável que todos os altares antigos achados na Irlanda, e agora distinguidos pelo nome de "Cromlechs" ou pedras inclinadas, foram originalmente chamadas de "Bothal" ou "Casa de Deus", e eles parecem ser da mesma espécie daqueles mencionados no Livro do Genesis, chamados pelos hebreus por "Bethel", os quais tem o mesmo significado do irlandês Bothal".
A Bíblia (Judg. 9:6; 2 Ki. 1 1: 1 4; 2 Chr. 23:13) indica que reis hebreus foram coroados permanecendo sobre ou próximo um pilar de pedras. "O costume de colocar o novo rei sobre uma pedra, em sua iniciação, era costume em vários países da Europa... Os monarcas da Suécia sentavam sobre uma pedra posta no centro de 12 pedras menores, e num tipo similar de círculo, os reis da Dinamarca eram coroados" (Moore, ibid., p. 42)

OBS: De baixo do trono inglês, encontrava-se uma pedra que acredita-se ser a mesma pedra que ficara embaixo do trono do rei Davi em Israel, a chamada “pedra do destino”. Segundo alguns pesquisadores, esta pedra foi levada por viajantes hebreus para a Escócia, e posteriormente na Idade Média, em 1296, foi tomada pelos ingleses e posta embaixo do trono do rei Eduardo (Edward) I. A pedra retornou para a Escócia em 1996, agora está no castelo de Edinburgo
http://www.theseason.org/wwwboard/season.html

O livro "Identity of the Religious Druidical and Hebrew", afirma: "Templos circulares... abundam na Inglaterra e outras partes da Europa. A mais antiga menção deles é encontrada no livro do Exodus (24.4), "E Moisés... construiu um altar sob a colina e 12 pilares correspondendo às 12 tribos". Na Europa, Stonehenge, Avebury, e muitos outros sítios celtas antigos foram feitos em padrão circular.

Bosques também eram elementos de adoração celta e hebréia. A Bíblia nos conta que Abraão "chamou pelo Deus imortal"(Gen. 13:4) de um bosque plantado pelas suas próprias mãos. Gideão idolatrava Deus sob uma árvore de carvalho. (Judg. 6:19-24)

A divisão do tempo em semanas de 7 dias foi praticada pelos celtas irlandeses, igualmente aos hebreus. Dr. Thomas Moore comenta que nenhuma outra nação conservou tal ciclo hebdomadário (de 7 dias), "exceto entre a família de Abraão", uma prova notável da identidade entre os dois povos!

Desde tempos remotos, os israelitas pecaram contra Deus, adotando diversas práticas pagãs de seus vizinhos, então encontramos evidência das culturas hebréia e cananita entre seus descendentes na Europa (os fenícios são o ramo oriental do povo cananita). O antigo pilar de Baal é um dos muitos deste tipo de monumentos religiosos que foram encontrados do Oriente Médio à Irlanda.

Há muitos outros exemplos, entretanto, de hábitos ligando especificamente os druídas celtas com Israel. O historiador inglês, Williain Borlase, em sua obra "Antiquities Of Cornwall (1754)" apresenta muitas páginas de tal evidência: druídas idolatravam só um Deus e não permitiam nenhuma imagem esculpida, idêntico aos hebreus, e em contraste com quase todas as outras religiões antigas.

A Consagração era com gotejamento (batismo) de sangue, como no culto hebreu do Velho Testamento. Sacerdotes druídas vestiam-se de branco, similar à ephod (veste) dos sacerdotes hebreus; vítimas de sacrifício sangravam até a morte, e o sangue era coletado em vasos, o sangue servia para borrifar os altares; touros eram sacrificados, e a imagem do touro (símbolo heráldico da tribo de Ephraim) era levada na guerra. "Enquanto eles realizavam seus horríveis rituais de sacrifícios humanos, os tambores e trombetas soavam sem interrupção, e o choro das vítimas miseráveis não podia ser ouvido" (Comparar Jer. 7:31-32, o local hebreu/fenício de sacríficos humanos era chamado Tophet, que significa "o tambor"). Eles (druídas) rezavam com mãos erguidas para o céu, examinavam entranhas para necromancia, e prestavam veneração ao carvalho. Os druídas usavam o cajado mágico imitando a vara de Moisés, derramavam libações sobre o topo das rochas, investigavam a verdade em lotes (ou dezenas), untavam pilares de pedra com óleo, e marcavam fronteiras com pedras. Destes e de muitos outros modos distintos, os costumes religiosos dos celtas e hebreus portam semelhança inconfundível !

OBS: O uso do “touro” neste caso, é um exemplo de apropriação de símbolos pelo pacto cultural. Como houve com o “javali”, que além de copiado, teve seu significado praticamente invertido; um símbolo espiritual máximo tornou-se um símbolo temporal máximo

Elo geográfico
O nome antigo do sudoeste da Inglaterra era 'Dumnoni'ou 'Danmoni', como visto numa porção do mapa pelo acadêmico celta, Sir John Rhys, do livro "Early Celtic Britain". Esta região abrange hoje os condados britânicos de Cornwall e Devon. O historiador altamente respeitado, William Camden, destacou em relação à Cornwall: "Esta região que segundo os geógrafos, é a primeira de toda Bretanha, e ... foi em tempos antigos habitada por aqueles bretões, que Solinas chamou de Dunmonii ; Ptolomeu chamou de Damnonii, ou (como encontramos em outras cópias) mais genuinamente DANMONIL, cujo nome deriva das minas contínuas de estanho nesta extensão, as quais os bretões chamam de MOINA"(Britannia p. 183). Esta palavra composta é portanto formada por "moina", uma mina de estanho, e "Dan", o povo que explorou o estanho. Assim, esta região mais antiga da Inglaterra é apropriadamente chamada "DANMONI", significando "minas de estanho de dan". Estes habitantes antigos conhecidos com "Dan' foram a tribo bíblica de mesmo nome. Isto foi estabelecido por acadêmicos modernos importantes como Cyrus Gordon. Se estes antigos colonos tivessem sido fenícios, a região teria sido chamada não de Danmoni, mas de 'Fenimoni, pelos fenícios serem conhecidos como a civilização púnica ou feni.

O acadêmico céltico, Sir John Rhys, dá fortes evidências da colonização hebréia das Ilhas Britânicas em tempos antigos. "Irlanda era conhecida como IBERION" ele afirma. O antigo nome dos israelitas era Ibri ou Iberi (moderno hebreu), o qual deriva do nome "EBER" ou "HEBER", um ancestral e patriarca deste povo. Sir John continua "na Irlanda, ela era Ivernii nos tempos de Ptolomeu; e ele menciona uma cidade chamada Ivernis e um rio Ivernios. A estes, pode-se adicionar várias formas do nome da ilha, como “Luuerna” de Juvenal, modificado mais comumente pelos romanos pra “Hibernia”. Seu epônimo ancestral é diversamente chamado EBER, Emer, e HEBER"

Sir John comenta uma região : "na vizinhança de St David's ou Mnyw, chamada na crônica galesa, MONI IUDEORUM, que contém uma alusão ao mesmo povo". Sir John diz que alguns acadêmicos sugerem que a palavara Iudeorurn ou Judeorurn pode referir-se aos "jutos", uma tribo germânica do norte da Europa, mas ele acredita que tal visão está incorreta. Ao invés, Sir John indica que isto identifica hebreus da tribo de Judah. Sir John afirma "finalmente parece haver um traço da mesma forma na Crônica Galesa, às vezes chamada Annales Cambriae, quando ela chama por Menevia ou St. David's Moni Iudeorum. Temos que não ser enganados aqui pelas dez tribos perdidas de Israel, mas... seria díficl provar o contrário
Sir John também discute nomes celtas antigos e sugere para nós "comparem nomes semitas... comparem o hebreu"

Elo histórico
Uma última conexão fascinante com antiga Israel é sugerida por John, que diz: "os celtas “Kymry” foram por um tempo indiferentemente chamados Cambria ou Cumbria, a palavra galesa nos quais estes nomes foram baseados, agora é escrita Cymru... e ali é pronunciada aproximadamente como um inglês a trataria se fosse escrita Kumry or Kumri". Como estudantes do Velho Testamento bem sabem, 'Kumri' ou "Khumri" era o nome dos israelitas nos textos assírios. (veja "The March of Archaeology" de C.W Ceram, p. 216). A identidade na escrita e pronúncia entre o israelita 'Khumri', e o céltico 'Kymry', é muita coincidência para não haver uma relação. Tomando-se com muitas outras evidências, religiosas e culturais, a conexão entre os antigos hebreus e celtas é muito forte para ser ignorada.

De fato, não é mais uma questão de "Os hebreus assentaram na Europa em tempos antigos ?", mas somente uma questão de "Quantos dos povos da Europa descendem de hebreus ?" Considerando o grande número de antigos israelitas, e a promessa bíblica de vasta disseminação (Gen. 26:4, 32:12; Ex. 32:13; Jer. 33:22, etc.), é evidente que a conexão céltico-hebréia é bem significante.

A história irlandesa recorda três ondas principais de colonização para a ilha em tempos antigos: os Firbolgs, dos quais pouco é conhecido, os Tuatha de Danaan (significa "tribo de Dan", "tuath" significa tribo), e os Milesianos. Os últimos dois povos, sabe-se serem originários da Ásia e podem estar relacionados. "The Story of Ireland" de A.M. Sullivan, conta: "Os colonos milesianos... eram um povo do Leste... eles passaram de terra em terra, de costas da Ásia através de toda extensão do sul da Europa, sustentando para o alto através de todas as suas perambulações, o estandarte sagrado que simbolizava para eles de uma só vez, sua origem e missão, a benção e a promessa dadas a sua raça. Este estandarte celebrado, o "estandarte sagrado dos milesianos", era uma bandeira na qual estava representada uma serpente morta e o cajado de Moisés... ". Os milesianos traçaram sua ascendência até 'Gadelius', cujo avô foi o rei da Scythia (reino dos citas). Interessantemente, Gas era filho do patriarca Jacó, e seus descendentes formaram uma das tribos de Israel. A palavra grega "Scythia" é derivada da semita, "Skutha"; e da palavra persa "Saca"; as quais são termos para os israelitas. Como se não fosse coincidência o suficiente, o símbolo da serpente foi um emblema familiar da tribo israelita de Dan (Gen. 49:17), cujos descendentes tem sido traçados pelo renomado e moderno arqueologista americano, Cyrus Gordon, até os Tuatha de Danaan da antiga Irlanda ! (Before Columbus, pp. 108-111)

Fonte: http://www.originofnations.org/books,%20papers/Hebrew-Celtic%20Connection.htm

4 comentários:

  1. Os escritos deste blog som ótimos. Agradecería que fizesem um PDF com todos os conteudos desta página.
    Saudos!

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  2. Ótimo esse blog, pena que parece estar parado, não há postagens recentes.

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  3. Ótimo esse blog, pena que parece estar parado, não há postagens recentes.

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  4. Esta história pode ser verdade mas a contribuição do judeu para e europa e infima.....

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